Trilha Interparques: A Maior Trilha de São Paulo Está Pronta — Descubra os 182 km de Natureza Que Cercam a Capital

Publicado em: 18/05/2025

São Paulo acaba de ganhar um novo marco em ecoturismo e lazer ao ar livre: a Trilha Interparques, a maior trilha urbana já criada na cidade. Com impressionantes 182 km de extensão, o trajeto conecta reservas naturais, parques urbanos, represas e áreas de preservação ambiental no extremo sul da capital paulista.

Se você é amante de trilhas, busca uma experiência diferente sem sair da cidade ou quer entender como uma metrópole como São Paulo pode oferecer tanta natureza escondida, este artigo é pra você.

O que é a Trilha Interparques?

Inaugurada em abril de 2025, a Trilha Interparques é um circuito planejado para promover a integração entre áreas verdes da capital. O projeto liga diversos parques e reservas ambientais, criando um corredor ecológico onde é possível caminhar, pedalar e se reconectar com a natureza.

Ela começa na Balsa da Ilha do Bororé, no bairro do Grajaú, e percorre lugares como:

• Parque Natural Municipal Bororé
• Parque Natural Varginha
• Parque Estadual da Várzea do Embu-Guaçu
• Cratera de Colônia
• RPPN Curucutu
• Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar

Por que essa trilha é tão especial?

A proposta da Trilha Interparques é inovadora: oferecer uma experiência de imersão em ecossistemas preservados dentro dos limites de uma das maiores cidades do mundo. Durante o percurso, é possível encontrar nascentes, animais silvestres, mata atlântica em bom estado de conservação, e até vestígios históricos e culturais de antigas comunidades da região.

Além disso, a trilha é sinalizada, monitorada e possui pontos de parada com píeres, mirantes, áreas para piqueniques e até uma torre de observação com vista panorâmica para a Represa Billings.

Quantos dias leva para fazer a trilha toda?

Se você quiser se aventurar pelos 182 km completos, prepare-se: o percurso completo pode levar de 8 a 10 dias a pé, dependendo do ritmo e do clima. Porém, a trilha é dividida em segmentos menores, e é possível fazer apenas alguns trechos em um único final de semana ou até em um dia.

É uma trilha segura?

Sim, a prefeitura e os órgãos ambientais responsáveis criaram um sistema de segurança, orientação e sinalização ao longo do caminho. Ainda assim, é recomendável ir em grupo, levar celular com bateria carregada, GPS ou app de trilhas, além de água, lanche e protetor solar.

Evite fazer os trechos mais isolados sozinho e dê preferência a dias com previsão de clima firme.

Trilhas e ecoturismo: tendência ou necessidade?

Com a crescente busca por qualidade de vida, saúde mental e experiências ao ar livre, trilhas urbanas têm ganhado destaque. Em São Paulo, esse movimento não é diferente. A Interparques nasce como uma resposta à demanda por alternativas de lazer mais sustentáveis, acessíveis e saudáveis.

Aliás, a trilha também é parte de um plano maior: o de conectar corredores ecológicos e incentivar o turismo consciente em áreas de preservação ambiental na cidade.

Curiosidades sobre a Trilha Interparques

• Foi idealizada por técnicos da Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, com apoio de ONGs ambientais.
• Passa por regiões com bioma de Mata Atlântica em regeneração, onde é possível ver espécies como tucanos, macacos-prego e até jaguatiricas.
• O nome “Interparques” foi escolhido justamente por interligar diferentes áreas protegidas, promovendo uma nova forma de ver a cidade.
• A trilha atravessa a Cratera de Colônia, uma das únicas crateras de impacto de meteoro do Brasil.

Quem pode fazer essa trilha?

A trilha foi pensada para ser inclusiva: parte dela é pavimentada ou possui acessibilidade parcial. Famílias, aventureiros, ciclistas, educadores ambientais, atletas e até turistas estrangeiros já começaram a percorrer os primeiros trechos.

É importante, no entanto, respeitar os limites físicos, o ritmo do grupo e as recomendações locais. Leve sacos para o lixo e não alimente os animais silvestres. O foco é a experiência consciente.

Como acessar a Trilha Interparques?

O ponto inicial, na Ilha do Bororé, pode ser acessado de transporte público até o Terminal Grajaú e, de lá, seguir até a balsa (funciona gratuitamente). Algumas entradas secundárias da trilha também estão localizadas próximas a parques com estacionamentos ou pontos de ônibus.

Vale a pena conhecer?

Definitivamente, sim. Em um mundo cada vez mais urbano e acelerado, encontrar espaços de silêncio, natureza e contemplação dentro da própria cidade é um privilégio. A Trilha Interparques oferece isso e muito mais: conexão com o território, com a biodiversidade e com uma São Paulo que poucos conhecem.

Dicas práticas para explorar a Trilha Interparques

• Comece pelos trechos mais acessíveis: como o Parque Bororé ou Parque Varginha.
• Use calçados apropriados: botas ou tênis de trilha.
• Leve água e lanches leves.
• Evite horários de sol forte.
• Leve repelente.

Fauna e flora que você pode encontrar no caminho

A trilha revela uma biodiversidade surpreendente:

• Macaco-prego e bugios
• Tucanos, corujas e gaviões
• Jaguatiricas e tatus
• Orquídeas, bromélias e ipês

Qual o impacto ambiental e social da trilha?

A Interparques conecta áreas ameaçadas e estimula o turismo sustentável. Comunidades vizinhas já começam a oferecer refeições, transporte e hospedagem alternativa para quem percorre o caminho, movimentando uma economia verde e consciente.

É permitido acampar ou pernoitar na trilha?

Somente em pontos específicos e com autorização. Não é permitido montar acampamento livremente em toda a extensão. Planeje pernoites com antecedência e respeite as normas de cada reserva.

Quais trechos são ideais para famílias e crianças?

• Parque Natural Bororé (estrutura completa)
• Parque Varginha (trilhas curtas)
• Cratera de Colônia (educação ambiental)

Trilha Interparques como exemplo para o Brasil

Outras capitais já estudam implantar corredores semelhantes. São Paulo sai na frente com um modelo que une preservação, educação, ecoturismo e saúde pública.

Roteiro de 1 dia: sugestão de passeio curto e completo

1. Chegar ao Terminal Grajaú e cruzar a balsa até a Ilha do Bororé.
2. Caminhar até o Parque Bororé, parar para contemplação e fotos.
3. Almoçar em restaurante local.
4. Visitar o mirante da Represa Billings e retornar no final da tarde.

Como acompanhar as novidades da trilha?

– No site da Prefeitura de São Paulo (SVMA).
– Nos apps Wikiloc e AllTrails.
– Em sinalizações nas entradas dos parques.

Fechamento

Mais do que uma trilha, a Interparques é um convite. Um convite para conhecer outra São Paulo — a que pulsa com o som das folhas, o canto dos pássaros e o silêncio das matas preservadas. É um projeto ousado, belo e transformador.

Seja você um trilheiro experiente ou alguém que só quer sair da rotina de concreto e buzinas, esse caminho de 182 km pode te oferecer algo raro hoje em dia: tempo, conexão e natureza viva.